Correio Popular, Campinas,
1.9.2006
Recinto onde macaco vive, há 15 anos, teria de passar por obras
de adequação
De Americana
O chimpanzé Alemão, do Parque Ecológico Cid Almeida Franco, em
Americana, município da Região Metropolitana de Campinas (RMC),
será enviado ao Santuário dos Grandes Primatas de Sorocaba. A
iniciativa de colocar o símio à disposição do santuário partiu do
secretário de Obras e Serviços Urbanos, Gelson Ginetti. Anteontem,
o prefeito Erich Hetzl Junior (PDT) deu parecer favorável à
decisão do secretário.
Dois motivos levaram Ginetti a pedir a remoção do chimpanzé. Um
deles diz respeito à destinação de recursos para adequar o recinto
às exigências do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (Ibama). "Para atender às normas,
teríamos de aumentar a área", admitiu o secretário.
A precaução foi o outro fator que culminou no pedido de
transferência do animal. "Passamos a correr um risco que não
tínhamos antes dessa polêmica toda. Se amanhã o chimpanzé ficar
doente, vão alegar que foi porque o mantivemos aqui ao invés de o
encaminharmos para o santuário", afirmou Ginetti.
O titular da Pasta de Obras, a qual o Parque Ecológico está
subordinado, disse que a decisão foi tomada para pôr fim à
polêmica. Ambientalistas da cidade criticam as instalações
destinadas ao chimpanzé, de 39 anos, e que há 15 vive no local. A
falta de espaço é apontada como principal problema do atual
habitat de Alemão.
"Acreditamos que ele esteja bem aqui, já que nesses 15 anos ele
não necessitou de qualquer medicação. Mas não existe autoridade
que possa atestar com segurança total seu estado emocional",
analisou o secretário.
Ginetti entende que as discussões criadas em torno do assunto
podem deixar transparecer que a Prefeitura não está preocupada com
o bem-estar do primata. "Já que há profissionais e especialistas
dizendo que o Santuário é o lugar mais adequado do Brasil para
ficar com ele, vamos mandá-lo para lá.
Porém, não iremos abandoná-lo à própria sorte", ressaltou. No
parecer enviado ao prefeito, Ginetti se compromete a realizar
vistorias técnicas no santuário.
(De O Liberal/APJ)
Maus tratos: candidatos usam cachorros para fazer propaganda
Lívia Ferreira
Em tempos de legislação eleitoral mais rígida e parcos recursos,
políticos de Três Lagoas apelaram para um tipo de cabo eleitoral
incomum: estão usando cachorros de rua para divulgar as
candidaturas. Na tentativa de chamar a atenção do eleitor, os
políticos estão colando adesivos e santinhos nos animais. Os
cachorros ficam perambulando pelas ruas, divulgando as
candidaturas a custo zero e cumprindo a função que deveria ser de
cabos eleitorais devidamente contratados e pagos.
O juiz da 9ª Zona Eleitoral, Albino Coimbra Neto, alertou que a
atitude dos candidatos pode caracterizar maus-tratos aos animais e
é passível de punição pela Justiça Eleitoral. "Ao contrário do que
o candidato quer com esse tipo de propaganda, acho que esta é a
oportunidade de o eleitor conhecer este candidato e afastá-lo de
sua lista de votáveis", afirmou.
O juiz reuniu esta semana jornalistas da região para esclarecer
dúvidas quanto à legislação eleitoral e reforçar o que é proibido
ou permitido. Ele defendeu que a proibição da distribuição de
brindes, bonés, realização de showmícios e propagandas em outdoors
têm como objetivo tornar mais barata a campanha dos candidatos.
Albino considerou que os gastos de campanha são a principal
restrição imposta pela legislação eleitoral. As despesas precisam
ser comprovadas pelos candidatos por meio de recibo eleitoral.
Em relação aos jantares, o juiz enfatizou que "a lei só proíbe a
realização de jantares com a distribuição de alimentos em locais
públicos. Se a reunião for em locais fechados não tem problema".
O transporte de eleitor em carrocerias de caminhonetes também está
proibido. A proibição seguirá a lei de trânsito e a lei eleitoral
que não permite o transporte até mesmo no dia da eleição (1º de
outubro).
Caso o candidato queira participar de carreata e a Polícia Militar
de Trânsito for informada, o transporte do candidato na carroceria
será autorizado. "Quando avisados com antecedência tomamos todas
as providências cabíveis para que não haja nenhum perigo de
acidente", disse o juiz.
http://www.correiodoestado.com.br/exibir.asp?chave=136824,1,8,01-09-2006
Nota T.A.
- Já
não bastasse a incompetência para lidar com o problema da
leishmaniose, o poder público de Três Lagoas ainda permite um
absurdo desses.
Leia sobre o assunto. |