03/08/2006
da Efe, em Madri
A guarda civil espanhola desmantelou uma rede dedicada ao
contrabando de espécies e apreendeu 400 exemplares de aves
exóticas e outros espécies protegidas, muitas delas procedentes do
Brasil e do Peru, com um valor que pode chegar a um milhão de
euros (US$ 1,27 milhão).
Entre os animais apreendidos pelo Serviço de Proteção da Natureza
(Seprona) da guarda civil estão corvos africanos, urubus,
periquitos, calopsitas e aves encontradas na Espanha. Sete pessoas
foram detidas durante a operação, entre elas um veterinário que
falsificava os certificados que identificavam os animais.
Além de produzir certificados de nascimento falsificados para
indicar que os animais tinham nascido em cativeiro, em alguns
casos eram extraídos microchips e argolas de animais "legais"
mortos --por vezes amputando suas extremidades-- para colocá-los
nas aves obtidas e comercializadas ilegalmente.
Entre os detidos há, além do veterinário, vendedores, criadores e
distribuidores de aves, acusados de falsificação de documentos, de
crimes contra a flora e a fauna e contra os cofres públicos. As
aves exóticas foram extraídas ilegalmente também da África do Sul.
Os animais entravam na Espanha em incubadoras disfarçadas em
bagagens de mão ou em faixas encostadas ao corpo. A operação
aconteceu em várias províncias espanholas.
Segundo os dados fornecidos hoje pelo governo regional de Madri e
pelo responsável do Seprona, a operação começou em fevereiro,
quando foi descoberta uma caminhonete que continha vários
exemplares de aves autóctones. Um outro carregamento foi
apreendido mais tarde e, diante da possibilidade de as duas ações
estarem relacionadas, a guarda civil organizou uma força-tarefa
que confirmou a existência da rede.
De acordo com a guarda civil, os sete detidos, após serem
colocados à disposição da Justiça, foram colocados em liberdade
com acusações e medidas cautelares.
Ibama
autoriza Londrina a abater 50 mil pombos
Sex, 04 Ago,2006
Agência Estado
Cinqüenta mil pombas serão abatidas em Londrina para controlar a
superpopulação das aves. A autorização para o abate foi dada pelo
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama) a pedido da Secretaria do Meio Ambiente local
após a constatação de que pelo menos 170 mil animais habitam a
região central da cidade.
O número de pombas a serem sacrificadas e o modo de captura e de
abate foram propostos pelo coordenador do Centro de Investigação
em Medicina Aviária do Paraná e professor da Universidade Estadual
de Londrina Ivens Gomes Guimarães. Ele indicou que as pombas devem
ser capturadas por redes lançadas por canhões e sacrificadas em
câmaras de gás. A necropsia dos animais indicará se eles poderão
ser consumidos.
Moradores do centro de Londrina encaminharam há dois meses
abaixo-assinado à prefeitura exigindo o abate das pombas. A
Prefeitura estima que costuma gastar R$ 10 mil a mais na limpeza
das ruas centrais por causa do excesso de fezes produzido pelos
pombos.
O secretário de Meio Ambiente, Cleidival Fruzeri, estima que o
início da operação seja daqui a 90 dias. O abate será evitado
somente se a Justiça intervier, observa ele. "É um caso de saúde
pública", define. A população será informada dos motivos que
levaram à decisão em audiência pública no dia 19. Segundo a
promotora do Meio Ambiente, Solange Vicentin, a decisão está
tomada e ponto final. "O valor maior é a vida humana", afirma.
Piracicaba: TAC propõe fim à captura e ao sacrifício de animais
5.8.2006
Proposta foi anexada ao inquérito instaurado pelo promotor
Fábio Salem de Carvalho
http://www.jpjornal.com.br/news.php?news_id=34115
Rodrigo Guadagnim
rguada@jpjornal.com.br
A SPPA (Sociedade Piracicabana de Proteção aos Animais), em
conjunto com defensores dos animais sem vínculo com a entidade,
protocolou ontem no Ministério Público do Meio Ambiente a proposta
de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), por meio do qual a
Prefeitura de Piracicaba se comprometeria a interromper
imediatamente a captura e o conseqüente sacrifício de cães e gatos
sadios e não-agressivos, abandonados nas ruas de Piracicaba.
O documento foi anexado ao inquérito instaurado no último dia 28
de junho pelo promotor Fábio Salem de Carvalho para apurar um
suposto extermínio dos animais de rua. Além da interrupção do
sacrifício, o TAC propõe uma série de medidas, sendo as principais
delas referentes à castração em massa.
A entidade se compromete a auxiliar a prefeitura na captura de
animais e feiras de adoção. A prefeitura informou, por meio do
Centro de Comunicação Social, que ainda não conhece o conteúdo do
TAC. Em nota encaminhada ao Jornal de Piracicaba, informou que "a
Secretaria da Saúde está aberta ao diálogo com a SPPA, como sempre
esteve".
A direção da ONG (Organização Não-Governamental) espera que o o
TAC represente o início de uma relação harmônica com a
administração. A instauração do inquérito pela MP, motivada por
uma representação da SPPA, significou a interrupção do diálogo
entre as duas instituições, que vinham conversando desde o final
do mês de abril. O argumento da entidade protetora dos animais
para justificar a ida ao MP foi o de que a prefeitura não estaria
honrando compromissos assumidos nos encontros. A administração,
desde então, sempre se posicionou favoravelmente à retomada do
diálogo.
"Esse TAC é o ponto de partida para formalização de uma parceria",
disse a presidente da SPPA, Simone Vicente. Segundo ela, a
proposta de TAC protocolada no MP não é definitiva. Representantes
da entidade se reuniram com Carvalho no final da tarde de ontem.
"O promotor deverá chamar membros da Secretaria de Saúde para
analisar o documento. O que nós queremos é chegar a um consenso",
disse Simone. Ela garante que profissionais do CCZ (Centro de
Controle de Zoonoses ) foram consultados para a elaboração do TAC.
NÚMEROS - A SPPA estima que
Piracicaba tenha cerca de 17 mil animais abandonados nas ruas da
cidade. No ano passado, 1.921 foram sacrificados no Canil
Municipal mantido pelo CCZ, no bairro Jupiá. O secretário de Saúde
Fernando Cárdenas admitiu, em requerimento enviado à Câmara de
Vereadores, que o CCZ tem promovido a captura de animais sadios e
não-agressivos.
Entende que eles também representam risco à saúde pública (atuando
com
eventuais vetores de doenças e causadores de possíveis epidemias).
A presidente da SPPA considera que o sacrifício de animais não é
suficiente para resolver o problema. "Para cada animal
sacrificado, um outro nasce na
rua. É preciso agir para conter a demanda", disse. |