12/04/2006
Sérgio Roxo - Diário de S.Paulo
SÃO PAULO -
Agora é lei: cavalos e
carroças de tração animal não podem circular pelas ruas da capital
paulista. O prefeito Gilberto Kassab (PFL) sancionou na
quarta-feira o projeto do vereador Roberto Tripoli (sem partido),
presidente da Câmara, que trata do assunto.
Desde 1995, uma lei já proibia o tráfego de animais nas vias da
cidade, mas a proposta nunca chegou a ser regulamentada. O novo
projeto deve ser regulamentado em 60 dias para entrar em vigor.
Mesmo sem a existência da lei, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ)
da Prefeitura já faz apreensões de animais soltos pelas ruas da
cidade. São realizadas entre 350 e 450 capturas por ano.
A principal impacto da implantação da nova lei será sobre as
carroças de tração animal, que atualmente não são alvo de
fiscalização.
- Atualmente, não fazemos apreensões de carroças. Agora,
contaremos com o apoio do DSV (Departamento de Sistema Viário),
que irá nos chamar em caso de trânsito de carroças para podermos
recolher os animais. O DSV vai apreender as carroças. Vamos
conseguir reduzir os acidentes no trânsito - afirmou Marcelo de
Menezes Brandão, gerente do CCZ.
A nova lei estabelece que o proprietário da carroça de tração
animal terá que pagar taxa de R$ 50 para removê-la. O dono de
cavalos ou bois também irá desembolsar R$ 500 pela remoção e mais
R$ 250 por diária. Como CCZ implanta um microchip para monitorar o
animal apreendido, o proprietário será obrigado a arcar com R$ 30
pelo custo desse serviço.
Caso o cavalou ou boi tenha que ser sacrificado, o proprietário
também será obrigado a desembolsar R$ 300. As taxas para remoção
atualmente variam de R$ 213,93 a R$ 643,60.
A elaboração do projeto do vereador Roberto Tripoli teve
participação do CCZ, do DSV e de ONGs ligadas a proteção dos
animais.
- Vamos evitar também os maus tratos aos animais, já que muitos
carregam mais peso do que a capacidade. O trânsito também ficará
melhor sem as carroças - disse o presidente da Câmara.
O artigo da lei que obrigava o poder público a oferecer cursos de
capacitação profissional aos condutores de carroça foi vetado.
Tripoli vai tentar derrubar veto.
Resgate de gatinho mobiliza comunidade em Nova York
13/04/2006
Um gatinho está mobilizando a comunidade do bairro Greenwich
Village, em Nova York, depois de ficar preso na parede do porão de
uma delicatessen. As tentativas de resgate de Molly, de apenas 11
semanas, foram reiniciadas nessa quarta-feira depois que
trabalhadores ouviram miados. A gata passou dias em silêncio,
causando temores de que tivesse morrido.
A equipe de resgate usou brocas, microcâmeras e até um peixe cru
para tentar tirar a gata que está presa há 12 dias nas estruturas
do prédio construído no século 19.
"Este é o caso mais difícil que já encontrei", disse Mike Pastore,
um diretor de campo da Agência de Controle de Animais de Nova
York, responsável pelos resgates de animais na cidade.
Molly aparentemente ficou presa depois de escorregar entre dois
prédios e cair por um buraco que chega ao porão da delicatessen,
disse Pastore. A gata geralmente dorme em uma cesta na Myers of
Keswick, uma loja especializada em produtos britânicos de
propriedade de Peter Myers, 61 anos.
"Quebrar as paredes seria uma solução complicada já que o prédio é
um marco histórico na cidade", informou Pastore. Três observadores
da Comissão de Preservação de Nova York acompanharam as tentativas
de resgate nessa quarta-feira para ter certeza que nenhum dano
estrutural ocorresse ao prédio.
O resgate também está mobilizando a comunidade em torno da
delicatessen. Vizinhos deixaram latas de comida na escada de
acesso ao porão, e o dono de um restaurante próximo chegou a
entregar um peixe inteiro para tentar seduzir Molly a sair do
buraco.
Pastore não sabia dizer se a gata conseguia alcançar a comida e
nem se ela tem acesso a água.
Justiça retira
cães e gatos de chácara
fonte: Bom Dia Sorocaba, 13.4.2006
Oficiais de Justiça começaram a cumprir, ontem, liminar do juiz
Pedro Luiz Alves de Carvalho, da 5ª Vara Civil, de reintegração de
posse na chácara de propriedade da FAS (Fundação Alexandra
Schlumberger).
No local, na estrada da Caputera, Dirma Leite mora com 98 cães e
35 gatos. Dirma, mesmo muito nervosa, iniciou a retirada de móveis
e, com a ajuda de voluntários da “Associação Amigos dos Animais de
Sorocaba” e de amigos, retirou uma parte dos animais, que foram
levados às casas de conhecidos de Dirma, em Brigadeiro Tobias e
Araçoiaba da Serra.
Durante a mudança, Dirma e amigos demonstraram indignação em
relação à atitude do juiz e de diretores da FAS, que colocaram a
chácara à venda por R$ 195 mil.
A advogada Gláucia Helena Pereira explicou que pela quantidade de
animais foi difícil realizar toda a mudança e o juiz da 5ª Vara
Cível aceitou o pedido para que Dirma pudesse permanecer no local
até domingo. Gláucia estudará medidas cabíveis para que Dirma
receba uma indenização, já que ela abandonou até o emprego para
cuidar dos cachorros.
Dirma ainda está com alguns animais na chácara e continua a
procurar um lugar definitivo para ficar. “Não tenho condições de
pagar aluguel ou comprar uma casa”, diz.
Célia Bueno de Camargo ajudou Dirma na mudança e levou alguns
cachorros para a casa, em Brigadeiro Tobias, onde mora com 150
animais. “Meus amigos ajudam a cuidar deles”, afirma.
http://www.bomdiasorocaba.com.br/index.asp?jbd=2&id=108&mat=24864
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