Na manhã da última
quinta-feira(4), Paulo Henrique Vicente de Oliveira, tupiniquim da
aldeia Caieira Velha, e Wera Kwaray, guarani da aldeia Boa
Esperança do município de Aracruz, norte do Espírito Santo, e mais
20 ativistas da Ong alemã Robin Wood, bloquearam três entradas da
multinacional Procter&Gamble, na cidade Neuss, Alemanha. A
multinacional compra celulose da Aracruz Celulose, e com a
matéria-prima produz lenços de papel da marca "Tempo", uma das
mais conhecidas na Europa,e para as marcas de papel sanitária "Charmin"
e "Bess".
A manifestação foi organizada pela ONG Robin Wood, que trabalha
com meio-ambiente, e está preocupada com a situação no Espírito
Santo, onde os/as Tupiniquins e Guaranis foram expulsos/as de suas
terras pela Aracruz que, através de pressão política e com um
acordo inconstitucional, conseguiu que a terra indígena fosse
homologada com um tamanho menor do que o previsto nos estudos
antropológicos realizados para a demarcação da terra.
Os dois indígenas estão na Alemanha com o objetivo de pressionar a
fábrica para que a mesma pressione Aracruz Celulose a devolver os
11.009 hectares de terra indígena ocupados no estado do Espírito
Santo. Eles entregaram à Procter&Gamble uma declaração, na qual
exigem o cancelamento dos contratos com a Aracruz, enquanto a
empresa não resolve seus conflitos de terra com os indígenas, sem
terra e quilombolas.
fonte: Site do CMI
http://www.midiaindependente.org/pt/red/
Nota T.A. - Esta empresa
Procter&Gamble faz testes em animais.
Ativista salta de
pára-quedas na Amazônia desmatada para plantar soja
11/05/2006
SANTARÉM, Pará -
O ativista do Greenpeace Luiz Henrique Tapajós Antunes dos Santos,
o Sabiá, sobrevoou de pára-quedas uma grande área desmatada da
Amazônia para o plantio de soja com a mensagem “100% crime”, na
região de Santarém, oeste do Pará. O salto foi realizado no final
da tarde desta quarta-feira para protestar contra a devastação da
floresta e a monocultura de soja. Segundo a entidade
ambientalista, a soja brasileira é usada para alimentar animais na
Europa e atender à demanda internacional por carne e proteína
barata.
“Estou aqui como atleta para dar suporte à luta não apenas do
Greenpeace, mas de todos os seres humanos pela proteção da maior
floresta tropical do planeta”, disse Sabiá.
De acordo com a nota distribuída pelo Greenpeace, "a produção de
soja na Amazônia vem impulsionando o desmatamento ilegal, grilagem
de terras e violência contra as comunidades locais". A entidade
cita um relatório do Ibama no qual desmatamento anual nos
municípios de Belterra e Santarém pulou de 15 mil para 28 mil
hectares entre 2002 e 2004 com a chegada da soja.
“Do alto, podemos ver como a destruição é rápida e poderosa. É
preciso proteger, com urgência, a imensa biodiversidade que a
floresta guarda. A Amazônia tem pressa. Meu salto representa
isso”, disse o ativista.
O coordenador do Greenpeace na Amazônia, Paulo Adário, diz que “o
futuro da Amazônia está na floresta e no uso responsável de seus
produtos e serviços, e não na soja, que gera desmatamento e
injustiça social".
http://imirante.globo.com/plantaoi/plantaoi.asp?codigo1=96082
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