BBC
Em uma matéria da BBC, de difusão mundial, se destaca que um
movimento internacional para dar aos primatas direitos iguais aos
garantidos aos seres humanos está ganhando força.
Como fundamento desta notícia, foi relatado que na Áustria, juízes
estão para decidir se a britânica Paula Stibbe deve receber a
guarda legal de um chimpanzé chamado Hiasi, separado de sua
família na África há 25 anos. O abrigo em que ele vive vai ser
fechado e para impedir que Hiasi seja vendido a um zoológico,
Stibbe terá que persuadir o tribunal de que ele merece a mesma
proteção garantida a uma criança.
Ao mesmo tempo ativistas pelos direitos dos grandes primatas
tentam convencer o Parlamento Espanhol a apoiar um princípio
similar defendido pelo Projeto GAP. Segundo a entidade todos os
primatas devem ter assegurados os seus direitos a vida e a
liberdade, e devem ser protegidos contra a tortura.
Segundo Ian Redmond, representante do projeto da ONU Great Apes
Survival, os ativistas podem usar a guarda legal de primatas como
uma forma de resgatá-los dos maus-tratos. Ele acrescenta “Os
primatas são especiais porque são parentes muito próximos de nós.”
“Os chimpanzés e os bonobos são nossos parentes mais próximos
ainda vivos. Se diferenciam de nós em apenas 1% do seu DNA.” “E
tão próximo – continua Redmond – que nós poderíamos receber uma
transfusão de sangue ou um rim deles. Gorilas são os próximos,
depois os orangotangos.”
E continua o representante da ONU “mas existe um argumento
cognitivo mais forte, porque a inteligência dos primatas e sua
capacidade de raciocínio exigem o nosso respeito.” “Se você
mostrar um espelho a um gibão a reação dele sugere que ele pensa
que a imagem é de um outro gibão.” E acrescenta Redmond “mas todos
os grandes primatas passaram pelo teste de auto-reconhecimento no
espelho e logo começam a olhar seus dentes e examinar partes do
seu corpo que eles não conseguem ver sem um espelho. Essa
consciência de si mesmos indica que eles sabem que existem.”
Fonte: Notícias do GAP
Curitiba/PR: Vereadores debatem cães de aluguel
09/04/07
Polêmica: vereador quer regulamentar funcionamento das empresas
que locam cães de guarda; ONG pede a proibição da atividade
Maigue Gueths
Equipe da Folha de Londrina
Curitiba -
Os vereadores de
Curitiba votam hoje um projeto que vem causando polêmica na
cidade. De autoria do vereador Manassés Oliveira, o projeto
regulamenta o funcionamento das empresas de segurança que fazem a
locação de cães. O vereador afirma que a iniciativa cria regras
para um setor que hoje não segue nenhuma legislação específica. Já
os movimentos de proteção aos direitos dos animais afirmam que a
regulamentação não vai acabar com a situação de maus tratos e
querem a proibição da atividade. Antes da votação prevista as 16
horas, representantes da ONG SOS Bicho reúnem-se com o vereador na
tentativa de buscar uma solução.
De acordo com a presidente do SOS, Rosana Gnipper, desde o início
da administração do prefeito Beto Richa, de Curitiba, o movimento
de defesa dos animais vêm pleiteando a proibição dessa atividade
na cidade, em função dos maus tratos. Os problemas mais comuns,
conta, são a falta de um abrigo, animais que não recebem água ou
comida, com problemas de pele ou outras doenças. Há, ainda, casos
mais graves, como fêmeas alugadas que têm filhotes sem nenhuma
assistência, cães que morrem de fome e casos de agressão entre
cachorros famintos.
A entidade, segundo ela, recebe diariamente duas a três denúncias
da população. Em geral, é feito boletim de ocorrência na Delegacia
do Meio Ambiente, mas a demora na tramitação judicial é grande.
''Poucos casos foram para frente'', lamenta. Ela lembra que em
função das denúncias, recentemente o Ministério Público (MP)
ingressou com ação civil pública e obteve liminares proibindo o
funcionamento de três empresas.
Segundo o vereador, a intenção do seu projeto nunca foi proibir a
atividade, mas criar regras para seu funcionamento de modo a
garantir o bem estar do animal, a segurança das pessoas e gerar
emprego. Nesse sentido, o projeto determina o cadastro das
empresas e de todos os animais, construção de abrigo dentro de
normas específicas, além da fiscalização por órgão público
municipal responsável.
O projeto prevê, ainda, que cada cão locado tenha que estar
acompanhado de um vigilante. ''O cão seria um instrumento de
trabalho, como são os cães que trabalham com a Polícia Militar,
por exemplo. Isso garantiria o bem-estar do animal e traria mais
segurança à população'', diz.
Ninguém sabe precisar o número de empresas do ramo na Capital.
Segundo informações do Departamento de Fiscalização da Secretaria
Municipal de Urbanismo, como a atividade não é regulamentada, as
empresas teriam migrado para municípios da Região Metropolitana.
Empresas estabelecidas em Curitiba estariam irregulares e, caso
denunciadas, sujeitas à fiscalização e penalidades. |