A serviço dos que não podem falar

>>Buscador<<
>>Visite o novo portal<<
>>Quem Somos<<
>>Fale Conosco<<
>>Como Participar<<
>>Tribuna no Orkut<<
>>Grupo de Discussão<<
>Visite o novo portal<
>>Agenda<<

 Eventos

Adoções
Entidades
Petições on-line
Visite o novo portal
Visite o novo portal
Calendário
>>Direito Animal<<
Visite o novo portal
Adotante Responsável
Envenenar é um crime
Maus tratos são crimes
As leis que protegem os animais
>>Artigos<<
Proteção Animal
Saúde Animal
Meio Ambiente
Vegetarianismo
>>Textos<<
Sobre Cães
Sobre Gatos
>>Visite o novo portal<<
Visite o novo portal
>>Notícias<<
Aconteceu
Nossas lutas
Visite o novo portal
No Brasil e no Mundo
>>Meio Ambiente<<
Sites importantes
>>Animais Silvestres<<
Visite o novo portal
Não compre animais silvestres
>>Curiosidades<<
Visite o novo portal
>>Histórias Reais<<
Leia e apaixone-se
>>Fotos e Cartões<<
Envie para nós a foto de seu animal
Visite o novo portal
>>Sites Amigos<<
Sites de Defesa Animal

 

   

NOTÍCIAS DO BRASIL E DO MUNDO

 

Diário Catarinense, 09/04/07

Farra do boi acaba em morte no Litoral



Jovem de 18 anos morre em colisão entre duas motos no Bairro Sertão do Trombudo, município de Itapema

SICILIA VECHI/ Itapema

A insistência de alguns moradores de Itapema e Penha em promover farras do boi culminou com a morte de um jovem de 18 anos na madrugada de sexta-feira e diversos confrontos com a polícia. Um policial militar de Navegantes recebeu uma pedrada na cabeça, enquanto ajudava a PM de Penha a conter o vandalismo, na madrugada de ontem.

No mesmo município, dois motoristas foram presos transportando bois dopados nas carrocerias de automóveis Fiat Fiorino. Em Penha, foram três animais e dois veículos apreendidos no fim de semana.

Eliseu Maciel, 18 anos, morreu na madrugada de sábado, após um acidente de moto no Bairro Sertão do Trombudo, em Itapema. De acordo com a Polícia Militar, o jovem e mais dois rapazes, de 21 e 26 anos, que também se feriram com gravidade, estariam no local onde ocorria uma farra do boi, por volta das 22h30min de sexta-feira.

A família da vítima nega a ocorrência de farra e aponta uma colisão frontal entre duas motos como causa do acidente.

Os bombeiros encontraram apenas uma moto no local do acidente e a Polícia Militar não encontrou veículos apontados como envolvidos para mencionar no boletim de ocorrência.

Eliseu morreu algumas horas depois do acidente de sexta-feira, no Hospital Santo Antônio, em Itapema. Segundo informações dos bombeiros e da unidade de saúde, ele teve traumatismo craniano e fraturas em ossos da face.

As outras vítimas do acidente são Tiago Mateus Marques, 21 anos, internado com traumatismo craniano e fratura na perna na UTI do Hospital Santa Inês, em Balneário Camboriú, e Josias Maciel, 26 anos, internado em um quarto do Hospital Marieta, em Itajaí, com fraturas na face.



Brincadeira pesada



Um acidente feriu Cristiano Batista de Mello, 18 a nos, que estaria a caminho da farra do boi, na SC-410, bairro de Tijuquinhas, Biguaçu, sexta-feira. O condutor do Gol, placas de São José, perdeu o domínio do carro, colidiu contra um muro e invadiu o terreno de uma casa. O motorista saiu ileso, mas o carona sofreu lesão na lombar.
Flagrante
Em Governador Celso Ramos, a RBS TV voltou a registrar flagrantes de farra do boi na madrugada de sábado. Centenas de pessoas aparecem nas imagens, incluindo famílias com crianças de colo. Em menor número que os farristas, os policiais militares não interferiram.
Ocorrências
Os farristas do Litoral Centro-Norte não deram trégua à polícia nem mesmo à luz do dia no domingo de Páscoa. Foram três ocorrências registradas em Itapema, duas em Porto Belo e uma em Tijucas, todas no fim da tarde. As buscas adentraram a noite. Em Porto Belo, 15 pessoas foram detidas e levadas à delegacia, no Bairro Canto dos Araçás. Um boi foi sacrificado pelos militares ao avançar contra viaturas. Houve policiais feridos sem gravidade, mas a PM não soube repassar quantos, até o início da noite de ontem. Cerca de 70 homens reforçavam o efetivo policial somente no combate à farra do boi nas três cidades.



Diário Catarinesne, 07/04/07



Território sem lei



LAURA COUTINHO/ Governador Celso Ramos


Ontem, dia "oficial" da farra do boi, cerca de 60 animais foram soltos para delírio da população de farristas que se concentrou no município de Governador Celso Ramos, a 41 quilômetros de Florianópolis. Além dos moradores, pessoas de várias cidades foram atraídas pela possibilidade de participar da "brincadeira" sem risco de punição, em função do reduzido policiamento no mais tradicional reduto da farra no Estado.

No município, os policiais mantêm uma distância segura, alegando o risco de um possível confronto, os farristas ficam soltos para cometer infrações de trânsito, danos ao patrimônio e perturbar a ordem sem temer qualquer repressão.

São centenas de motociclistas embriagados subindo e descendo morros à procura dos bois em manobras arriscadas, dirigindo veículos sem placa e sem capacete. Brigas são comuns nesta época. Quem é veterano na farra, denuncia.

- Eu gosto de participar, mas antigamente a farra era outra. Hoje é muita droga e bebida. Também não tinha tanto barulho de música alta e das motos. É muita anarquia - disse Maria Monteiro, 60 anos.

A cidade não dorme durante o feriado. Ontem, às 7h, os olhos vermelhos, o passo incerto e a imprudência dos farristas diante do boi denunciavam o sono trocado por uma noite regada a cerveja.

Onde e quando cada boi será solto é de conhecimento geral no município. Qualquer morador indica onde está acontecendo a farra do momento. Uma delas, na manhã de ontem, ocorria na Praia de Ganchos de Fora. Centenas de farristas esperavam pela soltura do boi, preso em um mangueirão.

Quando o boi é solto, começa a farra propriamente dita. A confusão é geral. Os que chegam mais perto, provocando o boi a uma distância nada recomendável, são, geralmente, aqueles que consumiram mais cerveja durante a madrugada. Centenas de mulheres e crianças participam da farra, considerada o evento social do ano.

- Não temos mais nada. Nem teatro, nem cinema. Nossa única diversão é a farra - defendeu um deles.

Quando o boi reage às provocações e corre em direção aos farristas, todos torcem pelo animal, querendo assistir ao confronto. Quanto mais bravo o boi, melhor é a farra.

- Agora eles só trazem boi manso. Não tem mais graça. O bom era no meu tempo, quando soltavam os bois bravos, que todo mundo respeitava e saía correndo - lembrou uma farrista veterana.

Perto das 8h de ontem, cinco bois já estavam amarrados na Praia de Ganchos, o local mais "quente" da farra no município. O boi é laçado depois de um tempo de brincadeira, quando, exausto de tanta provocação, já não agüenta mais correr atrás dos farristas.

- O boi é laçado quando tá cansado. Mais tarde, o bicho é trocado por outro boi "novo" que eles matam para comer - explicou um farrista que prefere não se identificar.

 

A origem
A farra do boi teria sido originada da "tourada à corda", que surgiu na Ilha Terceira do arquipélago açoriano, em Portugal, há mais de 500 anos e permanece até hoje, de forma legalizada e regulamentada, como diversão dos nativos e atração turística.
Escolhido a dedo pelos participantes, o animal é amarrado pelos chifres para ter a movimentação limitada e o ímpeto moderado.
Sob uma salva de foguetes, o touro inicia a correria atrás dos homens, enquanto as varandas e muros ficam apinhados de idosos, mulheres e crianças.
A tradição tem como base a demonstração de valentia e força humana.
Na Ilha Terceira, milhares de pessoas se reúnem na praça para acompanhar a festa. O espaço reservado ao touro e aos participantes é protegido por tapumes ou pela corda presa aos chifres do animal.
Os primeiros registros desta herança açoriana, em Santa Catarina, seriam datados da década de 1820, com o nome de folia do boi no campo.
O hábito de ser praticada durante a Semana Santa se explica pela crença na expiação da morte de Cristo. O enfrentamento do boi seria uma forma de sacrifício para reparar o mal sofrido pelo Filho de Deus.
Festa fechada
No início da manhã de ontem, na praça de Governador Celso Ramos, centenas de pessoas aguardavam a chegada do boi. Comerciantes, precavidos, lançavam mão de tábuas para evitar danos materiais aos estabelecimentos, comuns nesta época. Proprietário de um mercado na Armação da Piedade, João Henrique Monteiro protegeu o local com estrutura de madeira.
- A farra faz parte da tradição daqui. As pessoas deveriam vir conhecer - disse Monteiro, concluindo por advertir a equipe do Diário Catarinense para o perigo de estar ali.
Os farristas não permitem que a imprensa registre nada. Quando avistam uma câmera fotográfica ou filmadora, a palavra repórter corre de boca em boca.
Carnaval fora de época
A farra do boi tem características de evento oficial. Grupos de farristas se paramentam com camisetas coloridas que lembram os blocos de Carnaval. Uma delas, de cor amarela, trazia os seguintes dizeres: "Se o boi não vem pela terra, vem pelo mar. Se não vem pelo mar, vem pelo ar. Mas a farra do boi jamais acabará."
Outra, de cor vermelha, trazia estampada a cabeça de um boi, o nome da Praia de Ganchos e a frase: "Festa Nacional da Farra do Boi".
 

http://www.clicrbs.com.br/jornais/dc/jsp/default2.jsp?

 


Farristas fogem da PM no Litoral Norte



SICÍLIA VECHI/ Itapema

A Polícia Militar dispersou participantes de duas farras do boi no Litoral Centro-Norte na madrugada de ontem. Em Itapema, um dos animais não resistiu aos ferimentos e ao cansaço provocado pela longa perseguição e morreu.

A farra acontecia no Bairro Sertão do Trombudo, por volta das 2h, quando a Polícia Militar de Itapema chegou ao local e constatou que cerca de 50 participantes maltratavam o boi. Com reforço em efetivo e armas, a presença dos militares conseguiu inibir alguns farristas, que fugiram sem oferecer resistência.

O animal foi recolhido com vida, mas morreu antes de chegar à Cidasc de Itajaí, onde seria abatido devido à falta de informações sobre sua procedência e condições sanitárias.

Em Porto Belo, no mesmo horário, a PM flagrou um grupo de mais de 150 pessoas em outra farra do boi, no Bairro Santa Luzia. O animal foi recolhido e os contraventores fugiram.

Os farristas chegaram a atirar pedras nas viaturas assim que a polícia chegou. O boi será abatido pela Cidasc.

De acordo com a PM de Porto Belo, a apreensão por 15 dias dos caminhões que transportam estes animais, instituída por lei estadual no ano passado, reduziu a quantidade de farras nesta Quaresma.

- Muitos motoristas procuram não se envolver, porque correm o risco de ficar sem o transporte. Isso diminuiu os casos aqui na cidade - relata o sargento Davi da Silva.

Ainda assim, já foram cinco apreensões de animais e três de veículos este ano, no município.

 

O que diz a lei
O acórdão 153.531-8 de 1997 do Supremo Tribunal Federal
Considera a farra do boi uma crueldade com os animais, ofensiva ao inciso VII do artigo 225 da Constituição Federal e proíbe sua realização, ainda que sem violência e dentro dos mangueirões, sob pena de responsabilização de seus agentes.
O artigo 225 do capítulo VI da Constituição Federal
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
Parágrafo 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
VI - Promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente.
VII - Proteger a fauna e a flora vedadas, na forma da lei, as práticas que possam colocar em risco sua função ecológica, provoquem a extinção das espécies ou que acabem por submeter os animais à crueldade.
A lei dos crimes ambientais (lei 9.605 de 12 de fevereiro de 1998)
Seção 1 - Dos crimes cometidos contra a fauna:
Artigo 32 - Praticar atos de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos.
Pena - Detenção de três meses a um ano e multa.
Parágrafo 1º - Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.
Parágrafo 2º - A pena é aumentada de 1/6 a 1/3 se ocorre a morte do animal.

Animal morre afogado em praia da Ilha



Um boi foi encontrado morto no mar, próximo ao costão norte da Praia dos Ingleses, no Norte da Capital, na manhã de ontem. Os salva-vidas avistaram um objeto estranho boiando a 700 metros da praia e, com o auxílio de binóculos, identificaram o boi.

Os salva-vidas desceram do posto e procuraram ao longo da praia alguém que pudesse ceder uma embarcação, única forma de retirar o pesado animal do mar.

O profissional de Educação Física Sérgio Machado emprestou um caiaque e ajudou no resgate. Os pescadores locais cederam uma corda.

A retirada levou uma hora. Três pessoas remaram até o boi, que já estava morto, amarraram-no ao caiaque e o puxaram para a areia da praia. O boi foi carneado em plena praia, ao lado da bandeira vermelha que alerta para local perigoso.

Anterior

Próxima

 


              Todos os direitos reservados   © Tribuna Animal 2003/2008

Os artigos, notícias e textos assinados são de exclusiva responsabilidade de seus autores