Empresas americanas produtoras de leite estão querendo processar
os fabricantes de leite de soja, por eles venderem o produto em
embalagem semelhante e com o nome "Leite". Apesar de especificarem
que o produto não é de orígem animal, os distribuidores do leite
de vaca querem que os concorrentes do mercado vegetariano mudem o
nome do produto, pois consideram a concorrência desleal.
Isso é ponto pra os defensores dos animais e para os que defendem
a dieta vegetariana (onde os indivíduos não comem carne, mas bebem
leite e consomem ovos) e vegan (não consomem nenhum produto de
orígem animal), pois se a indústria de lacticínios está se
preocupando é porque estão perdendo consumidores.
A produção de leite também implica em crueldade com os animais.
Milhares de bezerros são mortos, criados em gaiolas minúsculas
para que não desenvolvam nem enrijeçam músculos, a fim de serem
abatidos e vendidos como vitela, que é considerada uma carne nobre
por sua maciez. Pra que a vaca possa produzir o leite que bebemos,
acabamos por ser cúmplices da produção de vitela e, muitas vezes,
do abate indiscriminado de bezerros.
Em 1999, atraves de uma denúncia, foram encontrados dezenas de
bezerros abatidos a tiros numa vala, onde alguns foram enterrados
ainda vivos, numa fazenda do Texas. No Brasil não é melhor, pois
as denúncias referentes a abatedouros são o que há de mais
grotesco e desumano.
Lembremos também, que alguns bezerros são vendidos para rodeios,
sofrendo fraturas de coluna, patas, hemorragias e quase sempre
abatidos de forma cruel.
Atualmente uma vaca produz 10 vezes mais leite do que a sua
natureza permitiria. São tratadas como máquinas, não tomam sol,
nao amamentam seus filhotes, recebem doses de hormônios, sofrem
dor (basta ver o tamanho das tetas de uma vaca leiteira) e algumas
sofrem até infecções. E quando estão exaustas, são abatidas.
Muitos animais doentes, que mal podem se levantar, são arrastados
para os matadouros assim mesmo, para não haver desperdício.
O leite de soja ou mesmo o de arroz, têm um gosto estranho no
início, mas logo se acostuma. É até mais saboroso que o leite de
orígem animal. Após algum tempo longe da lactose, que dificulta a
digestão, nos sentimos muito melhor. No Brasil ainda não se vende
leite de vaca sem lactose, mas nos EUA já se pode escolher comprar
o leite sem essa substância, uma vez que algumas pessoas
apresentam reações alérgicas ao consumí-la, assim como problemas
gastro- intestinais.
Nos EUA e na Inglaterra o número de vegetarianos está crescendo,
principalmente entre os adolescentes. O consumo de carne de vitela
caiu até 70%.Os supermercados incluíram produtos vegetarianos e
vegan em suas prateleiras. A tendência de se adotar uma dieta sem
a exploração de animais vem crescendo além das expectativas,
também pelo fato de ser mais saudável. É comum encontrarmos
pessoas que seguem a dieta vegan por indicação médica no controle
de obesidade e pressão alta, uma vez que o colesterol diminui
rapidamente quando nao se consome produtos de orígem animal.
Sob o ponto de vista ético, também podemos usar um dado
estatístico: pra quem acha que nao adianta parar de comer carne,
saiba que cada ser humano vegetariano, salva 35 animais por ano de
viverem amontoados em gaiolas, de serem mutilados, drogados,
manuseados inapropriadamente pelos humanos e do abate cruento,
fato que muitos preferem ignorar ou fantasiar afirmando: "animais
mortos para alimentação são abatidos sem sofrimento".
Se um único indivíduo para de comer carne, ao longo de 20 anos,é
responsável por ter poupado 700 animais. Numa casa com 6 pessoas
vegetarianas, seriam 4200 animais salvos, em 20 anos.
Grandes mudanças começam com atitudes individuais. Para os
defensores dos animais, ser vegetariano é a maior contribuição que
se pode dar pelo fim do sofrimento deles.
Quem quiser ver a orígem do bife que come, clique no link abaixo:
(Imagens fortes)
http://www.factoryfarming.com/gallery.htm
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