DANIELA DO CANTO
Da Agência Anhangüera
Munidos de buzinas, apitos, cartazes, panfletos e muita
disposição, colaboradores da Associação dos Amigos dos Animais de
Campinas (AAAC) realizaram um protesto na manhã de ontem contra a
sensitiva Márcia Fernandes. Os defensores dos animais alegam que
Márcia fez comentários discriminatórios contra os gatos pretos de
olhos amarelos durante o programa da apresentadora Claudete
Troiano, na Rede Bandeirantes.
Aos gritos de "Viva o gato preto, abaixo o preconceito" , os cerca
de 15 manifestantes se reuniram em frente ao Hotel Nacional Inn,
onde a sensitiva ministrava uma palestra. De acordo com o
presidente da AAAC, Flávio Lamas, as entidades de todo o país
foram orientadas a protestar contra Márcia.
Para deixarem de protestar, os defensores dos animais exigem que
Márcia faça um retratação no mesmo quadro e que o programa exiba
uma matéria a favor dos animais. "A Márcia apareceu no programa
falando que os gatos pretos são associados ao azar, principalmente
os de olhos amarelos, que eram usados na bruxaria" , contou Lamas.
"E quando questionada sobre qual atitude as pessoas que têm gatos
pretos deveriam tomar, ela disse que deveriam se desfazer deles",
completou ele,
De acordo com a artista plástica Cláudia Valente, que participou
do protesto, as declarações feitas por Márcia no programa chegaram
a gerar violência contra os animais no Rio Grande do Sul.
"Apareceram gatos com os olhos arrancados", afirmou.
Márcia rebateu as acusações. Segundo a sensitiva, vários animais
usados para a magia negra foram citados, entre eles o gato preto
de olho amarelo.
"Expliquei que ele era sacrificado em rituais satânicos e disse
apenas para quem tomarem cuidado, porque esse gato é muito raro e
pode ser raptado."
A reportagem da Agência Anhangüera de Notícias (AAN) tentou
contato com a assessoria de imprensa da Rede Bandeirantes, mas não
encontrou ninguém.
http://www.diariodopovo.com.br/conteudo/mostra_noticia.asp?noticia=
1499568&area=3020&authent=618265D8D6F89353A157FBE4DBA170
Santa Catarina - Cadela é arrastada por van pelas ruas de
São José
Motorista não teria visto o bicho
amarrado ao veículo que testava
Diário Catarinense, 03/04/07
ESTEPHANI ZAVARISE/ São José
Uma violência praticada contra uma cadela revoltou moradores do
Bairro Campinas, em São José, na Grande Florianópolis. Amarrada a
uma van, ela foi arrastada por alguns metros antes de ser
libertada pelo motorista, que estava testando o veículo.
O incidente ocorreu por volta das 10h30min de ontem. O homem, que
não foi identificado, foi a uma revendedora de veículos do bairro,
se interessou pela van e decidiu testá-la. De acordo com o
proprietário da revenda, Lizeniu Sartortt, a cadela Tica, da raça
dogo argentino, estava presa atrás da van porque a sede da
revenda, onde ela ficava, estava sendo limpa. O rapaz que a
amarrou ao veículo teria saído e, por isso, o homem não foi
avisado antes de levar o carro.
Segundo Lizeniu, o motorista saiu para dar a volta na quadra. Ele
acredita que o homem não havia percebido que a cadela estava
amarrada ao carro. Quando o veículo passou pela Rua Acácio
Moreira, o fato chamou a atenção de outros cachorros, que
começaram a latir.
- O carro vinha devagar. Quando chegou em frente à minha casa,
escutei minha cachorra latir e fui olhar - conta o aposentado
Joacir Rodrigues, que viu a cadela sendo arrastada.
Ao ver a cena, ele começou a gritar para chamar a atenção do
motorista. Joacir afirma que ele parou o veículo, saiu, viu a
cadela, embarcou novamente e continuou a dirigir. Isso revoltou os
moradores, que começaram a gritar e a reclamar. Depois de dirigir
por cerca de 150 metros, o homem parou em frente a um posto de
gasolina e soltou a cadela.
- Um vizinho pegou a cadela e levou de volta para o revendedor -
conta.
Segundo Lizeniu Sartortt, após testar o carro o motorista voltou à
revendedora assustado, afirmando que os moradores queriam
linchá-lo. Ele devolveu as chaves e foi embora. Depois que o
vizinho entregou a cadela, Lizeniu a levou a uma clínica
veterinária, onde deverá permanecer por dois ou três dias. Ela não
corre risco de perder a vida.
- Ela foi medicada, está tranqüilizada. Sofreu escoriações pelo
corpo, mas aparentemente ela não teve fraturas - afirmou a
veterinária Gisele Ribeiro.
Ontem, Lizeniu passou a manhã se defendendo das acusações dos
vizinhos, que foram cobrar explicações sobre o ocorrido.
- Peguei a cachorra da rua, atropelada há dois ou três meses, ela
foi bem cuidada, é bem tratada. Sempre fica aqui solta - afirmou.
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