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NOTÍCIAS DO BRASIL E DO MUNDO

 

Cães para estimular a memória

 

No Centro de Medicina do Idoso do Hospital Universitário de Brasília, cachorros ajudam no tratamento dos pacientes Com Mal de Alzheimer


Ventus tem sete anos de idade e é um lindo cão preto boiadeiro bernês. Barney, mais moleque, é um golden retriever claro de um ano e meio. Os dois não são animais comuns: são cães-terapeutas. Desde março de 2004, freqüentam semanalmente O Centro de Referência para os Portadores DA Doença de Alzheimer, que funciona no Centro de Medicina do Idoso (CMI) do Hospital Universitário de Brasília (HUB). Todas as quartas-feiras pela manhã, OS dois vão à sala de terapia ocupacional, onde vários idosos podem brincar Com else, acariciá-Los, conversar Com suas donas. Apenas diversão? Ao contrário, a técnica pode ajudar os pacientes a ativar a memória recente, a mais afetada pela doença. Além de melhorar O humor e estimular O contato físico. A iniciativa – única do gênero no Brasil e recebida Com entusiasmo pelo diretor do CMI, O médico Renato Maia – é de três veterinárias, que fazem deste um trabalho totalmente voluntário.

As médicas veterinárias Damaris Rizzo (dona de Barney), Esther Odenthal (proprietária de Ventus) e Renata Guina querem acabar Com o preconceito – tanto de parte da classe médica quanto dos próprios pacientes – de que animais não são adequados para entrar em hospitais ou centros de saúde. Com a vacinação em dia e treinamento correto, os cães podem ser uma alternativa a mais no tratamento de várias doenças. Hoje no Brasil, por exemplo, a única forma de terapia Com animais prescrita por médicos é a equoterapia, na qual cavalos são utilizados no auxílio ao tratamento de problemas como autismo ou síndrome de down.

Embasadas por estudos norte-americanos e europeus que mostram os benefícios da pet-terapia no atendimento a pacientes Com outros tipos de enfermidades, as veterinárias buscaram parcerias para iniciar O trabalho. Somente O Centro de Medicina do Idoso aceitou o desafio. As profissionais levaram então os animais para o centro e os apresentaram aos idosos. Antes, haviam perguntado se eles aceitariam receber a visita de dois cães, no que tiveram respostas positivas.

Dez idosos participaram dos dois primeiros meses de atividade
EQUIPE MULTIDISCIPLINAR – Uma turma Com cerca de dez idosos participou dos primeiros dois meses de atividade. As três profissionais não fazem seu trabalho sozinhas. Uniram-se à equipe do centro, que conta com psicólogos, neuropsicólogos, fisioterapeutas, profissionais de educação física, entre outros. Os cães servem então de canal para a atuação em cada área. “Não é uma brincadeira, é um trabalho científico”, ressalta Damaris.

Assim, os cães podem ser usados para ajudar os idosos a se movimentar de forma muito lúdica. Ao jogar uma bolinha para um dos cachorros apanhar e depois abaixar O tronco para acariciar uma das patas de Ventus ou Barney, os idosos fazem exercícios físicos de forma lúdica, sem sentir. “Muitos reclamam quando têm de ir para uma sala de ginástica comum”, lembra Esther.

Da mesma forma, as veterinárias estimulam os participantes a dizer os nomes dos cães e suas cores no início e no final de cada sessão, assim como relembrar passagens da vida despertadas pela presença do animal. “Todas as reações dos pacientes são anotadas para que possamos estudar cientificamente os resultados desse contato”, explica Renata.

BENEFÍCIOS – A primeira turma encerrou o ciclo no início de maio. A segunda conheceu os dois cachorros no dia 19 de maio. As veterinárias ainda não computaram dados sobre o trabalho, mas já perceberam efeitos da pet-terapia, tais como: alguns idosos conseguiram lembrar OS nomes dos cachorros ao final de cada sessão; OS pacientes chegaram a comentar em casa que havia no hospital dois cachorros, um preto e um branco; O humor e a atenção de todos melhoraram; pacientes antes monossilábicos, em contato Com os cães, passaram a conversar mais. “Os animais quebram a barreira da comunicação e isso é importantíssimo não só para o idoso como para seus familiares”, diz Damaris. O geriatra Renato Maia atesta a melhora: “Observamos diferenças positivas principalmente no aspecto afetivo dos pacientes, que ficaram muito mais contentes”.

Para ser um cão-terapeuta, é preciso cumprir alguns requisitos. O animal deve ser:

– Treinado: O treinamento é o básico, que permite que o cão obedeça aos principais comandos e possa ser facilmente controlado pelo proprietário;
– Dócil: é mais que manso, o animal não pode atacar e deve aceitar vários tipos de manipulação, como o puxar do rabo, das orelhas, carinhos e afagos em qualquer parte do corpo, etc;
– Saudável: O cão deve passar por check up mensal, ser vacinado, estar livre de qualquer doença infectocontagiosa, tomar banho antes da sessão de pet-terapia, além de passar por uma avaliação psicológica para que se verifique se ele é apto a esse tipo de trabalho.

Os cachorros também têm de ser uniformizados e identificados como cães-terapeutas. Além dos idosos, as crianças são um dos alvos da pet-terapia. Segundo Damaris, Esther e Renata, a terapia com animais ajuda meninos e meninas com câncer. “Crianças que têm contato com os animais logo depois de sessões de quimioterapia sentem menos enjôos, depressão e outros efeitos colaterais típicos desse tipo de tratamento”, diz Damaris.

Segundo o coordenador do CMI, a intenção é quebrar tabus com o projeto piloto com os idosos portadores de Mal de Alzheimer. “Com os resultados desse trabalho, temos a intenção de criar uma equipe de cães-terapeutas para servir a todos os hospitais do DF”, planeja Renato Maia.


CONTATO


- Geriatra Renato Maia, diretor do Centro de Medicina do Idoso, pelo telefone (61) 3448 5269.
- Damaris Rizzo pelo telefone (61) 8114 9965, Renata Guina pelo telefone (61) 911 9866 e Esther Odenthal pelo telefone (61) 8123 7949. As três podem ser encontradas pelos telefones (61) 3435 3573.

 
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