Paris vai permitir
modelos magérrimas em sua temporada de moda. Por outro lado, ao
grito de "Gaultier assassino", Paris lançou esta terça-feira sua
própria e nova batalha contra os 300 milhões de animais
"massacrados a cada ano em nome da moda", contra o uso e abuso da
pele para todo tipo de acessórios, e contra o tráfico ilegal de
pele de cachorro.
Agência EFE
02/10
Em Paris a magreza extrema não será empecilho para que as modelos
possam desfilar, em contraste com a última "Passarela Cibeles" -
evento de moda que aconteceu em Madri na última semana.
Na capital histórica da moda, as autoridades locais não se
pronunciaram por enquanto sobre o tema, ao contrário das
britânicas ou das italianas.
Em setembro, quando a Comunidade Autônoma de Madri proibiu jovens
muito magras de desfilar, a ministra da Cultura britânica, Tessa
Jowell, aplaudiu a iniciativa, e Milão, outro centro vital da moda
européia e internacional, estabeleceu um controle médico
obrigatório para excluir essas modelos .
Na França, a semana de coleções acaba de começar sem grande
polêmica nem debate sobre o tema, com a freqüente visão das
silhuetas magras das modelos.
Desfiles como os da japonesa Junya Watanabe ou da russa Alena
Akhmadullina confirmaram hoje a tendência.
A magreza exagerada continua, para realçar conjuntos de forte
inspiração histórica, do século XVIII em tonalidades cinzas, como
apresentadas por Watanabe; ou vitoriana com brancos, negros e
marrons delicados, remetendo ao século XIX, com Akhmadullina.
Todos estão esperando que costureiros como John Galliano ou
Jean-Paul Gaultier voltem a surpreender ou, inclusive,
escandalizar uma parte de seu público, ao colocar sobre seus
respectivos pódios figuras nem tão jovens, nem tão magras, nem tão
perfeitas como as que impõe as normas da elegância do final do
século XX e começo do XXI.
A revista "Elle" excluiu de suas capas as jovens cuja aparência
transgride
as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Nathalie Rykiel - estilista francesa que dirige a empresa fundada
por sua mãe, a também estilista Sonia Rykiel - escreveu há poucos
dias nas páginas
do "Le Monde" que vive "em contradição permanente. Mulher da moda,
trabalho com modelos muito magras que realçam a roupa. Como mãe de
família, acho deplorável este culto da magreza, que pode levar à
anorexia".
Convencida de que "é preciso deixar os artistas criarem
livremente", segundo ela a solução seria ensinar crianças e
adolescentes "a discernir" as imagens que são recebidas e
"desconfiar" da fusão entre "sonho e realidade".
É preciso lembrar "que se pode admirar sem obrigatoriamente ter
que se identificar", destacou.
Mais contundente, o presidente da Federação Francesa da Costura,
Didier Grumbach, declarou hoje à EFE que "não se resolvem
problemas de saúde pública regulamentando o trabalho das
manequins".
"A moda é o reflexo da sociedade, não a causa", reforçou Grumbach,
que considera não existir relação alguma entre as formas
esqueléticas que freqüentemente aparecem nas grandes passarelas do
mundo e a anorexia que sofrem milhões de jovens nos países mais
ricos do planeta.
Por outro lado, ao grito de "Gaultier assassino", Paris lançou
esta terça-feira sua própria e nova batalha contra os 300 milhões
de animais "massacrados a cada ano em nome da moda", contra o uso
e abuso da pele para todo tipo de acessórios, e contra o tráfico
ilegal de pele de cachorro.
http://ultimosegundo.ig.com.br/materias/mundo/2542501-2543000/2542769/2542769_1.xm
Brigitte Bardot critica Jean-Paul Gaultier por uso de peles de
animais em suas coleções
03/10/2006
EFE
PARIS - A
atriz francesa Brigitte Bardot, presidente de uma fundação
protetora de animais que tem seu nome, culpa o estilista Jean-Paul
Gaultier
pela "morte, em condições terríveis, de milhões de animais" por
desenhar roupas com suas peles.
Em uma dura carta a Gaultier, divulgada nesta terça-feira por sua
fundação,
Bardot acusa o estilista francês de "tentar impor uma ''moda'' sem
consciência, cruel e antiquada", e de dirigir "uma empresa que se
nutre do sangue e do sofrimento de milhões de animais".
A ex-atriz enviou esta carta aberta a Gaultier, "profundamente
entristecida"
pela detenção, no domingo, de quatro militantes da associação Peta
- Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais - quando protestavam
contra a venda de peles de animais em uma butique de Jean-Paul
Gaultier, na luxuosa Avenida George V, em Paris.
"É totalmente injusto e lamentável que pessoas que demonstram
sensibilidade e humanismo sejam detidas, enquanto o senhor é
cúmplice, responsável e culpado pela morte, em condições
terríveis, de milhões de animais", protesta Bardot na carta.
O texto conclui sugerindo que o estilista reflita sobre o uso de
peles de animais em suas criações e uma advertência: "só os
imbecis não mudam de
opinião".
Na semana passada, Bardot comemorou seus 72 anos e os 20 anos de
sua
fundação protetora dos animais em um teatro de Paris.
http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2006/10/03/285958462.asp
Tubarão do restaurante do Rio será devolvido ao mar
03/10/2006
TUBARÃO-LIXA SERÁ DEVOLVIDO AO MAR NESTA TERÇA-FEIRA
O tubarão encontrado no aquário de um restaurante em Ipanema, Zona
Sul do Rio, vai ser levado de volta ao mar pelo Ibama, órgão
federal responsável pelo meio ambiente, na manhã desta terça-feira
(3).
Ele será colocado em um barco na Marina da Glória e levado para
uma distância de 5km da Baía da Guanabara, onde será solto próximo
à Ilha Rasa.
O tubarão terá uma identificação para que possa ser monitorado.
Esse acompanhamento será feito através de uma marcação visual e,
caso haja uma recaptura do animal, ele poderá ser identificado e
devolvido ao mar.
O tubarão lixa tem, aproximadamente, 1m de comprimento e idade
entre quatro e cinco anos. Ele foi encontrado por fiscais e
biólogos do Ibama num
restaurante em Ipanema, no dia 26/9.
O animal, de uma espécie em extinção, estava num aquário, junto
com outros peixes e, segundo os técnicos, o espaço pequeno deixava
o tubarão agitado.
O restaurante foi multado
A captura e apreensão de animais é crime e, entre as punições, há
previsão
de multa em valor que varia de R$ 500 a R$ 5 mil. O infrator pode,
ainda, ser preso.
http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,AA1296066-5606,00.html
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