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A história de Vitória

Nome: Vitória

        Data de nascimento: 01.04.97 (presumida)
        Raça: desconhecida
 
 
        Histórico:
 
                         Fui encontrada no dia 20 de abril de 1997, num sítio em Cotia. Estava abandonada, faminta e quase congelada, pois havia chovido muito na véspera e eu tinha ficado ao relento. As tias que me encontraram, me enxugaram, deram leite e me aqueceram.
 
                   Do sítio fui levada para uma Clínica, onde permaneci por 4 dias. Por ser um hospital e eu recém nascida, corria o risco de pegar alguma doença, assim, caso eu não tivesse para onde ir, o veterinário pensou até em sacrifício.
 
                   Como eu queria muito viver, a família apareceu. Cheguei na casa deles no dia 24 de abril. A princípio eles iam tomar conta de mim só até que aparecesse a família definitiva. Com o tempo, fui ficando, ficando, e nunca mais saí. Eles me adotaram definitivamente.
 
                 Foi assim: quando cheguei na Clinica, tinha tanta pulga que pensaram que eu fosse um dálmata. Mas as manchas se mexiam, então concluíram que eram pulgas ! Apesar das 250 pulgas, 8 carrapatos e 1 berne no rabo, de ter passado fome e ficado não sei quantos dias na chuva (quando me acharam, minhas almofadinhas estavam duras de tanto frio), eu estava viva ! Tomei literalmente um banho de Frontline. Se não morresse do remédio, morreria das pulgas. Sobrevivi. Já limpinha, alimentada e tratada, comecei a brincar e ser feliz. Foi deste modo que conheci aquela  que ia ser a minha dona, ou melhor, a minha mamãe.
 
                  Foi engraçado o celular e eu chegamos no mesmo dia. Ganhei uma caixa de papelão que ia ser o meu berço. Estava com edredon novo e tudo. Trouxe comigo uma receita de leite de cadela, pois ainda não tinha nem dentes. Com paciência minha mãe me dava água e leite na chuquinha. Ouvia música new age e uma fraca luzinha azul iluminava meu sono. Todos me chamavam de Bebê. Nunca mais tive medo, eu estava feliz.
   
                  Foi então que começou a minha terrível jornada. Depois de tomar a primeira dose do vermífugo, vomitei 7 " bolas de gude " de vermes nojentos, enrolados, vivos, brancos, horríveis. Passei a semana toda pondo vermes pelas fezes. Tinha gases, mal estar, vomitava, enfim, passava muito mal. Daí, para as alergias foi um pulo. Tive de tudo, de dermatite a sarna. Passei por vários veterinários e fiz os piores tratamentos. Tomei toneladas de medicamentos e de vitaminas, porém tudo foi em vão, eu piorava cada vez mais. Quase não tinha mais pelos e começaram a aparecer feridas nas patas e uma caspa no corpo todo.  Eu estava feia e magra. Minha mãe já não sabia mais o que fazer para que eu ficasse boa. O que me ajudou a segurar a barra foram os remédios para aumentar a minha resistência que tive que tomar.
 
                 Fiz finalmente alguns exames e o diagnóstico foi: Demodex canis (em abundância). Como sou alérgica não poderia fazer o tratamento convencional.
                   Em outubro de 97, como último recurso, fomos parar na USP, Faculdade de Veterinária, setor de Dermatologia. A equipe do dr. Larson foi quem me atendeu e eu não estava entendo nada, tantos médicos à minha volta. Fui raspada de novo e encontraram ácaros até na cera do ouvido. Só lembro de ouvir minha mãe prometendo á dra. Mari que iria fazer tudo o que eles pediram. Não deram muita esperança porque o tratamento seria feito com um remédio novo e ainda não havia casos suficientes para relatar. De novo, se não morre do remédio, morre da doença. E lá vou eu, mais uma vez ser experiência. Só que tinha uma coisa, minha mãe e eu tínhamos certeza que daria certo, por mais difícil que pudesse ser.
 
                Começou então o meu tratamento com o Interceptor. Tomava 1 comprimido de 23 mg/dia e banhos com Peroxidex de 7 em 7 dias. Não posso deixar de lembrar aqui a grande ajuda dada pelo dr. Milton Sanchez da Novartis, fabricante do Interceptor, que animou minha mãe e facilitou de todas as formas o meu tratamento.
 
                   Foram 6 longos meses, sem parar nem um dia, com muita persistência e ajuda, pois cada comprimido custava R$ 9,00 (nove reais). As tias que me encontraram e a tia Tina ajudaram a comprar meus remédios.
 
                   Durante todo este tempo, quando não estava enjoada, brincava com o Dudu e a Meg e aprendi muitas artes com eles. O tempo foi passando e fui me tornando cada vez mais forte, saudável e bonita. Todos  os meses íamos à USP visitar os doutores e voltávamos cada vez mais felizes. Nossa luta contra esses ácaros infames estava chegando a fim.
 
                  Finalmente, no dia 20 de março de 1988, com uma pelagem de fazer inveja, tive alta definitiva. Saí de lá feliz e contente, exibindo toda a minha alegria: estava curada !  Venci a morte, por isso me chamo Vitória ....
 
 
OBS.: foi resolvido como dia do meu aniversário dia 1.ª de abril, pois eu era uma mentira !
 
 
OBS.2 : hoje já são passados mais de 4 anos da minha alta. Mesmo tendo passado por uma cirurgia  em 2001 continuo saudável, alegre e feliz."
 

 

História enviada pela amiga Maria Emilia

 


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