A serviço dos que não podem falar

>>Buscador<<
>>Visite o novo portal<<
>>Quem Somos<<
>>Fale Conosco<<
>>Como Participar<<
>>Tribuna no Orkut<<
>>Grupo de Discussão<<
>Visite o novo portal<
>>Agenda<<

 Eventos

Adoções
Entidades
Petições on-line
Visite o novo portal
Visite o novo portal
Calendário
>>Direito Animal<<
Visite o novo portal
Adotante Responsável
Envenenar é um crime
Maus tratos são crimes
As leis que protegem os animais
>>Artigos<<
Proteção Animal
Saúde Animal
Meio Ambiente
Vegetarianismo
>>Textos<<
Sobre Cães
Sobre Gatos
>>Visite o novo portal<<
Visite o novo portal
>>Notícias<<
Aconteceu
Nossas lutas
Visite o novo portal
No Brasil e no Mundo
>>Meio Ambiente<<
Sites importantes
>>Animais Silvestres<<
Visite o novo portal
Não compre animais silvestres
>>Curiosidades<<
Visite o novo portal
>>Histórias Reais<<
Leia e apaixone-se
>>Fotos e Cartões<<
Envie para nós a foto de seu animal
Visite o novo portal
>>Sites Amigos<<
Sites de Defesa Animal

 

 

Tom...o ladrão de sapatos

Sempre amei animais, sempre tive muito gatos e cachorros todos retirados das ruas, mas um gatinho em especial marcou tanto minha vida que só de escrever sobre ele ja começo a chorar.
Encontrei o TOM um gatinho cinza e branco bem pequeninho, creio que com 1 mês de vida, próximo ao meu trabalho em uma das minhas caminhadas na hora do almoço, ele miava tão alto dentro de uma casa abandonada que dava pra ouvi-lo a dois quarteirões de onde ele estava, tinha muitas pulgas mas aparentemente estava bem tratado, só estava com fome e cansado.
Mesmo morando em apartamento e já tendo dois outros gatos também retirado das ruas, o Tom (Tom do desenho Tom e Jerry) se adaptou muito bem com a Mel e BOB, era super brincalhão, derrubava tudo e dormia sempre no meu travesseiro, me acordava todas as manhas com deliciosas lambidas no rosto, adorava brincar com os cobertores e comia feito um desvairado, era a alegria da casa ja que era o mais novinho.
Ele derrubava as toalhas da mesa se pendurando nelas, carregava os sapatos de trabalhar da minha mãe e escondia embaixo da cama, todas as manhãs era a mesma coisa, minha mãe correndo atrás dele pra pegar os sapatos para ir trabalhar, uma coisa que ninguém acredita é que o Tom adorava comer alface, parece até mentira, mas ela comia todos os dias.
O Tom sempre aparentou ser muito saudável, comia muito, era muito ativo, tinha um pelo lindo, sempre cuidei dele com as melhores rações, mantinha as vacinas todas em dia e quando ele fez mais ou menos 1 ano mandei castrá-lo, ele só tinha um hábito estranho que era beber muita água, chegava a deitar perto da vasilha de água e aparentava as vezes sentir um pouco de dor de cabeça, ficava com as orelhas abaixadas e bem quietinho, achei um pouco estranho e levei ele numa veterinária, ela disse que isso era normal porque ele era muito ativo, corria muito e as dores de cabeça poderiam ser dor de ouvido muito comum em gatos de apartamento que não tomam muito sol, o que para os gatos é essencial e o apartamento onde moro é muito gelado, sendo assim, comprei o remédio para dor de ouvido e usei direitinho como ela mandou.
Mesmo tratando como a médica havia receitado, ele tinha dias de melhora outras de piora, comia muito bem e continuava sua bagunça caseira como sempre, apesar de tudo era muito medroso, se assustava muito fácil e se escondia com facilidade, era difícil acha-lo em casa.
Um domingo minha mãe resolveu leva-los numa chácara, para que eles tomassem um pouco de sol, comer graminha, enfim, sair um pouco daquele apartamento tão gelado, como sempre o Tom ficou o dia todo escondido, não comeu nem bebeu água. Ela voltou pra casa com os gatinhos no mesmo dia, o Bob e a Mel gostaram muito do passeio mas notei que o Tom estava muito tristinho, quieto e continuou a não comer nem beber.
Na semana que se seguiu ele começou a piorar, bebia muita, mas muita água mesmo, não comia e estava com o olhar muito, mas muito triste, liguei pra veterinária e na terça feira e ela me disse pra leva-lo até a clinica, ele já ficou internado, ela achou que fosse stress ou algum bichinho que ele comeu e não fez bem, ele ficou dois dias internado, e voltou pra casa na quinta com muitos antibióticos e ainda mais fraco e triste do que antes.
Nesse meio tempo notei que apesar dele ter emagrecido muito ( ele chegou a pesar quase 6kg) ele estava com uma barriga grande, mole e fazia um xixi amarelado. Eu fiquei ao lado dele o tempo todo, dava os medicamento certinho, como ele não tinha fome tinha que dar comida na seringa para que ele aguentasse os antibióticos. Meu gatinho ainda assim não melhorava, pelo contrario, estava cada vez pior, tentei ligar pra veterinária na sexta mas ela não atendeu, então já desesperada e chorando muito, levei meu gatinho no hospital veterinário próximo a minha casa, ele novamente ficou internado para fazer alguns exames pois o medico estava achando estranho o diagnostico da outra veterinária, ele ficou de sábado até quarta feira no hospital, eu ia visita-lo duas vezes por dia, saia correndo no meu horário de almoço, as vezes nem almoçava só pra ouvir o miadinho dele quando eu chegava na clinica, mesmo fraquinho, ele me lambia, me cheirava o nariz, queria ficar perto de mim, na quinta feira na hora do almoço quando cheguei na clinica nem acreditei, ele estava fora do soro e deitadinho num sofá na sala do veterinário, comecei a chorar e nem acreditei que ele estava melhorando, o medico me disse que os exames iriam ficar prontos mas que ele ja tinha um pré-diagnóstico sobre o que ele tinha, mas preferia esperar o resultado do tratamento, pra mim ele não disse o que meu Tom realmente tinha, mas pra minha mãe que foi junto comigo busca-lo na clinica, ele disse que o Tom tinha uma doença chamada PIF - Peritonite infecciosa felina - e que haviam duas maneiras dela se manifestar, a molhada ( Barrigada D´agua) e a seca, infelizmente a do Tom era a molhada, o que justificava a barriga grande e a quantidade exagerada de água que ele bebia, minha mãe não teve coragem de me contar quando viu minha alegria pela aparente melhora dele, ele chegou em casa e foi direto brincar com a Mel e Bob, correu, cheirou, comeu até bem a papinha dele, como se fosse se despedir, mas na sexta feira de manhã ele já estava ruim de novo, entrou embaixo de uma poltrona no quarto e de lá não queria mais sair, eu liguei pra minha mãe e ela me contou o diagnostico do veterinário, chorei tanto, mas tanto que quase fui parar no hospital, emagreci muito, no domingo a noite, já não aguentando mais ver a agonia do meu amorzinho, meu namorado o levou no hospital depois de falar com o veterinário pelo telefone, ele estava sofrendo muito e eu com ele.
Me despedi do Tom como se estivesse morrendo com ele, ele era minha vidinha, minha alegria, era carinhoso, alegre e é assim que quero sempre me lembrar dele, sei que ele deve estar fazendo uma super bagunça lá no céu dos gatinhos, briguei muito com Deus por ter levado ele de mim mas sei que lá ele deve estar feliz e pra toda minha vida vou levar esse gatinho que durante 1 ano e 5 meses marcou minha vida pra sempre, só espero que ele não esconda os sapatos de Deus lá no céu.

 

Aline R. Oliveira

 


              Todos os direitos reservados   © Tribuna Animal 2003/2008

Os artigos, notícias e textos assinados são de exclusiva responsabilidade de seus autores