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NOTÍCIAS DO BRASIL E DO MUNDO

 

Ativistas condenam plano chinês de extermínio de cães

08 de março de 2007

Meta é combater a raiva, dizem autoridades da cidade de Chongqing, que começarão o abate no dia 16. Grupo de defesa dos animais defende vacinação

Associated Press

PEQUIM - Um grupo internacional de defesa dos direitos dos animais condenou o plano de extermínio de cães de estimação lançado em um distrito da cidade chinesa de Chongqing, a fim de combater a raiva.

"A raiva é uma questão grave, mas as autoridades locais, provinciais e governamentais da China devem reconhecer que campanhas de vacinação são o meio mais eficaz de garantir a segurança do público, agora e no futuro", disse o chefe executivo da Humane Society EUA/Humane Society International, Andrew Rowan.

"matar animais indiscriminadamente desse modo é desnecessário e imperdoável, especialmente se eles já foram vacinados", disse Rowan.

De acordo com anúncio feito no website oficial do distrito de Wanzhou, moradores têm até 15 de março para entregar os cães para o sacrifício.

"Todos os cães da área devem ser mortos. Uma fase de abate compulsório começará a partir de 16 de março. O abate forçado será levado a cabo pela polícia", diz a nota.

As autoridades chinesas já recolheram cães em outras cidades, como Pequim, numa repressão a animais abandonados e mascotes sem registro.

Fonte: Estadão

 

 

Consumo de carne de macaco ameaça espécie na Amazônia

 

Segunda Feira, 12/3/2007 , 18h30

Um amplo estudo das duas organizações examinou 22 países da América do Sul e Central, e colocou o Brasil entre os 16 nos quais "a caça para consumo de carne representa uma ameaça crítica às populações de primatas".

Armas e equipamentos modernos, combinados com velhos hábitos locais como o de preferir carne de fêmeas, mais gordurosa e considerada mais saborosa tornaram a caçada o fator de maior importância no encolhimento das populações, superando a destruição do habitat natural.

"A convergência de fatores como o desflorestamento em larga escala, o aumento da caça comercial e a captura de animais vivos tem tido efeito devastador sobre os primatas neotropicais, e pode colocar muitas espécies à beira da extinção", diz um relatório que levou em conta mais de 200 estudos científicos.

Com 109 espécies nativas de primatas, o Brasil é o país com mais diversidade de macacos do mundo.

Destruição

As organizações disseram que, enquanto os efeitos da destruição ambiental sobre as diferentes espécies de macaco são bem estudados na literatura científica, pouco se fala da caça de macacos para vender sua carne.

Oito milhões de sul americanos comem carne de macaco regularmente, elas
afirmaram.

No Brasil, entre 970 e 2.400 macacos-prego (também conhecidos como 'capuchinhos' , por levar na cabeça um tufo de pêlo semelhante a um capuz) são mortos a cada ano.

O grande porte de primatas como o macaco-barrigudo e o macaco-aranha, por sua vez, é um incentivo para caçadores que desejam consumir a sua carne ou vendê-la em mercados, afirmam as ONGs.

Em regiões onde a caça é intensa, as populações de macacos são até 93% menores que nas áreas onde a pressão é inexistente, sublinharam as organizações.

Nestas áreas, macacos com mais de 5 kg se tornaram extremamente raros ou foram extintos localmente.

"Por causa de sua lenta taxa de reprodução e baixas densidades populacionais, muitas espécies de primatas não podem suportar essa imensa redução", diz o relatório.

Além disso, em tribos indígenas como a dos Wairiri, cinco fêmeas são mortas para cada macho, porque a carne mais gordurosa é considerada mais saborosa.

Solução

As ONGs sugeriram uma estratégia de conservação ancorada em diversos pontos. Elas pediram a preservação do hábitat natural das espécies, através da criação de mais reservas ambientais.

Sublinharam a necessidade de se encontrarem fontes alternativas de proteína para as comunidades que se alimentam da carne dos primatas.

Afirmaram que é necessário rever as regulamentações de caça nos sul e centro-americanos, enfatizando a necessidade de fazer cumprir a legislação.

Sugeriram, enfim, que sejam realizadas iniciativas de educação ambiental e
de incentivo ao ecoturismo.

Transformar áreas de preservação em fonte de recursos econômicos é "uma excelente maneira de promover a conservação das florestas e dos primatas", avaliaram as ONGs.

http://www.grandefm.com.br/news/news.asp?NewsID=173165  

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